No contexto da normalização da avaliação dos programas de estudos no Ensino Superior em Portugal e no âmbito das discussões europeias ao nível da promoção da excelência no Espaço Europeu de Ensino Superior, esta mesa redonda vem iniciar uma conversa sobre práticas de excelência ao nível do Ensino Superior em Portugal na área da Ciência Política e das Relações Internacionais. Esta será uma sessão de partilha de experiências e reflexões por parte dos coordenadores e das coordenadoras de vários destes programas oferecidos nas instituições públicas de ensino superior em Portugal. A excelência no ensino superior é um conceito contestado, apesar de ser identificado em muitos documentos políticos e institucionais, incluindo ao nível da União Europeia. Nesta sessão o conceito de excelência significa práticas de ensino e aprendizagem inspiradoras, que resultam num ensino e aprendizagem de elevada qualidade, ou seja, pelo menos acima da dicotomia aprovação/reprovação.
Os temas a abordar incluem
- práticas de ensino de excelência existentes nos programas coordenados por cada um/a dos/as participantes;
- outras práticas de ensino de excelência consideradas relevantes e os desafios inerentes à sua adoção.
Esta discussão é promovida no quadro do projecto Erasmus+ European Network on Teaching Excellence (E-NOTE).
Professor Octavio Amorim Neto
No contexto do desenvolvimento da Ciência Política em Portugal, a disciplina de Relações Internacionais tem assumido cada vez maior destaque. A sua representatividade e visibilidade é hoje reconhecida e sustentada por via de linhas de investigação profícuas, com provas dadas em subáreas especializadas, bem como através de múltiplas oportunidades de formação por todo o país, ancoradas em importantes redes e projetos transnacionais que têm contribuído para a sua respetiva internacionalização. No entanto, a disciplina depara-se crescentemente com um conjunto de desafios que importa atender em igual medida. Por um lado, o rápido crescimento em anos recentes do número de investigadores, docentes e estudantes centrados na área das Relações Internacionais suscita a necessidade dual de conhecer as diferentes prioridades da atual comunidade de profissionais. Por outro lado, muito embora o reforço do uso de meios digitais tenha permitido novas parcerias e sinergias, colocou também formatos existentes de ensino sob pressão a curto e médio-prazo.
Este painel, formado pela Direção da Secção de Relações Internacionais da APCP, visa assim antecipar algumas das principais tendências expetáveis para a próxima década da disciplina. A discussão será centrada em quatro eixos:
- Desafios em termos de áreas temáticas que poderão suscitar mais interesse ou atenção de estudantes e investigadores, mas também de instituições académicas nacionais assim como de possíveis fontes de financiamento internas e externas.
- Desafios em termos de publicações, financiamento, trabalho de campo, e acesso a dados e fontes de informação, que poderão impactar a quantidade e qualidade da investigação produzida neste domínio.
- Desafios em termos de ensino em português/inglês, ensino digital, pedagogias alternativas e abordagens inovadoras de ensino-aprendizagem que se colocam em ambientes universitários pós-pandemia.
- Desafios em termos do ensino de metodologia, baseado em diferentes experiências de lecionação e investigação ao nível de licenciaturas, mestrados e doutoramentos, com impacto na atratividade geral da área.
Moderador: António Costa Pinto (ICS-ULisboa)
Octavio Amorim Neto (FGV-RJ)
Maria Hermínia Tavares de Almeida (USP)
Marina Costa Lobo (ICS-ULisboa)
Filipe Vasconcelos Romão (UAL)
No quadro da colaboração entras as duas Associações Nacionais de Ciência Política, esta mesa-redonda vai discutir os desenvolvimentos recentes da democracia portuguesa e brasileira, nomeadamente as campanhas eleitorais, as mudanças nos sistemas partidários e os desafios populistas de direita radical.
A Mesa Redonda irá apresentar o livro "The Oxford Handbook of Portuguese Politics", editado por Jorge M. Fernandes, Pedro C. Magalhães, e António Costa Pinto. Os participantes da mesa irão abordar a obra no seu conjunto e dois dos capítulos em particular. O Oxford Handbook tem uma ampla cobertura da política portuguesa, que vai desde os antecedentes históricos, instituições, elaboração de políticas, integração europeia, defesa, entre outros. Os capítulos enquadram o caso português numa perspectiva comparativa com abundantes dados de apoio e os seus conteúdos dirigidos à comunidade académica internacional anglófona, assim como a sua tradução para Português.
Pedro Magalhães Comunicação em Mesa Redonda
Investigador no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.
Madalena Meyer Resende Comunicação em Mesa Redonda
Universidade NOVA de Lisboa
Octavio Amorim Neto Comunicação em Mesa Redonda
Professor Titular de Ciência Política - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE), Fundação Getulio Vargas (FGV)
Antonio Jorge Pais Costa Pinto Comunicação em Mesa Redonda
A invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia de Putin em Fevereiro de 2022 é rara no contexto pós-1945 em que menos de 20% dos conflitos são guerras entre Estados e é única no sentido de ser o primeiro conflito desencadeado por uma grande potência desde a Il Guerra Mundial que é abertamente uma guerra de conquista e anexação de território. O desafio que representa para a ordem global não tem precedentes e tem um forte impacto não apenas regional mas global, e não apenas na dimensão mais estritamente militar. Que desafios representa para o estudo das Relações Internacionais as suas várias dimensões é a questão que este painel visa responder.
Prémio Melhor Tese de Doutoramento
A realidade socioeconómica mundial tem sido afetada nas últimas décadas por diversas crises, desde a crise das dívidas soberanas, às mais recentes crises pandémica e energética, passando pelas mais antigas e transversais crises climática e demográfica.
Nestes cenários, as dinâmicas de formulação de políticas públicas com base em conhecimento científico e técnico (evidence-based policy-making) tornaram-se ainda mais evidentes.
Portugal tem, contudo, ainda uma fraca institucionalização da relação entre a decisão política e o conhecimento científico, embora o panorama esteja felizmente a mudar.
Nesta mesa-redonda contamos com diferentes comunicações que nos dão conta de esforços crescentes de uma maior aproximação entre estes dois ‘mundos’.
Neste painel contamos com representantes de quatro instituições da administração pública cuja atividade estão bastante relacionadas com a produção de conhecimento e sua utilização na decisão política – o Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, a Fundação para a Ciência e Tecnologia e o Instituto Nacional de Administração.
Paulo Areosa Feio Comunicação em Mesa Redonda
PlanAPP
Teresa Ponce de Leão Comunicação em Mesa Redonda
Conselho de Administração do Laboratório Nacional de Energia e Geologia
António Bob Santos Comunicação em Mesa Redonda
Fundação para a Ciência e Tecnologia
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